As respostas para suas perguntas

Sabemos que você tem muitas dúvidas sobre a economia do streaming de música e queremos esclarecer tudo. Aqui, respondemos às perguntas que recebemos com mais frequência dos artistas. Vamos continuar aumentando a lista sempre que surgirem novas dúvidas.

Por que o Spotify criou o Loud & Clear? Como isso ajuda os artistas?

Dúvidas sobre o pagamento dos artistas por streaming existem há mais de uma década. Desde o lançamento deste site em 2021, nosso objetivo é oferecer uma base importante para possibilitar conversas construtivas. Ao compartilhar mais informações, queremos tirar dúvidas e oferecer recursos úteis sobre a indústria do streaming atual. Atualmente, o Spotify é o único serviço de streaming que disponibiliza dados tão detalhados sobre royalties, e esperamos que outras partes do setor também comecem a fazer o mesmo.

Quais são as novidades do Loud & Clear este ano?

Em 8 de março de 2023, atualizamos nosso site com informações novas:

  • Acrescentamos os dados sobre royalties de 2022.
  • Publicamos uma nova lista de 10 principais aprendizados no topo do site para resumir todos os dados.
  • Adicionamos mais detalhes à seção “Geração de receita ao longo dos anos”, principalmente o número de artistas que ultrapassaram a marca de US$ 10 milhões em receita.
  • Acrescentamos dois novos vídeos: um da série “Como o dinheiro flui”, com foco nos royalties editoriais da indústria, e outro da “Como eles conseguiram”, que conta as histórias dos artistas.

A indústria da música não era melhor antes do streaming?

O Spotify tem um papel fundamental na formação de uma indústria musical mais saudável. Ele funciona como uma espécie de rádio e uma loja de discos juntas, mas sem as limitações delas. 

Com as rádios, os artistas alcançam muitos ouvintes. No entanto, o espaço para músicas é limitado: no geral, elas só tocam as Top 40, o que dificulta a entrada dos artistas na programação. Além disso, em alguns mercados, nem todos os profissionais recebem quando suas músicas são tocadas. 

Os artistas lucram quando seus álbuns são vendidos por um preço alto em uma loja. Mas essas vendas, físicas ou online, não arrecadam dinheiro de todas as pessoas que curtem o artista, só daquelas que estão dispostas a pagar para baixar as faixas ou comprar o CD.

O Spotify soluciona esses problemas com o streaming. Com ele, os fãs curtem os artistas favoritos no repeat, e os ouvintes casuais descobrem novas músicas ou relembram as que adoravam. Os dois tipos de experiência geram receita: seja pelos fãs que assinam o Spotify Premium ou os anunciantes que financiam o Spotify Free. Temos mais de 200 milhões de assinantes Premium, e 60% dos assinantes novos já foram usuários do Spotify Free.

Com base na nossa análise sobre os dados da RIAA (Associação Americana da Indústria de Gravação), a indústria musical na era do CD favoreceu as grandes estrelas 2 vezes mais do que nos dias de hoje. No auge dessa era, 25% das vendas nos EUA eram dos 50 artistas de maior sucesso no mercado. Em 2022, só 12% dos streamings nos EUA foram para esses artistas. Isso significa que as oportunidades de receita agora não estão só restritas aos grandes nomes do setor.

Quando lançamos o Spotify em 2008, a indústria fonográfica mundial estava devastada pela pirataria, em uma queda vertiginosa desde o pico de mais de US$ 24 bilhões em 1999 até o ponto mais baixo do setor em 2014, quando a receita das vendas físicas e digitais combinadas foi de US$ 14 bilhões. 

Desde então, o streaming tem impulsionado o renascimento da indústria musical. O pagamento total que o Spotify faz para os detentores de direitos está chegando em US$ 40 bilhões. 

Considerando o crescimento do total de royalties pagos a detentores de direitos e o número cada vez maior de artistas que conseguem fazer sucesso graças ao streaming, acreditamos que o futuro para os artistas e suas carreiras é incrivelmente promissor. O relatório de 2023 da IFPI mostra que a indústria mundial da música em 2022 ultrapassou oficialmente seu pico em 1999, gerando US$ 26,2 bilhões de receita.

O streaming só ajuda as estrelas da música?

Não. O streaming mudou o ecossistema da indústria, reduzindo as barreiras para os músicos e democratizando o acesso à música para ouvintes em todo o globo. Os artistas não precisam mais de um orçamento enorme para criar, distribuir e compartilhar a arte deles com o mundo. 

Em 2022, mais de 275 mil artistas entraram nas playlists editoriais do Spotify pelo menos uma vez. Além disso, a grande maioria deles foi descoberta pela ferramenta de apresentação para playlists do Spotify for Artists, disponível gratuitamente para todos os artistas. 

Mais artistas estão participando da economia da música atualmente do que no auge da era do CD. Nessa época, cerca de 25% das vendas nos EUA correspondiam aos 50 artistas de maior sucesso do mercado. No Spotify em 2022, só 12% dos streamings nos EUA foram para esses artistas. Isso significa que as oportunidades de receita hoje não estão só restritas às grandes estrelas. Além disso, em 2022, um quarto dos artistas que geraram mais de US$ 10 mil no Spotify fizeram a distribuição por conta própria, e 35% vivem em países que não estão entre os 10 principais mercados da música.

Milhões de artistas têm perfis no Spotify, mas apenas uma pequena parcela está ganhando dinheiro. A porcentagem não deveria ser maior, já que existem 9 milhões de artistas na plataforma?

Nossa missão é criar oportunidades para artistas profissionais se sustentarem com o próprio trabalho. Cada artista é único, e o sucesso não significa a mesma coisa para todos eles.

O fato é que 9 milhões de pessoas já enviaram alguma música para o Spotify. No entanto, carregar um ou dois vídeos no YouTube não significa vontade de se tornar profissional. Da mesma forma, lançar algumas músicas no Spotify não é o mesmo que seguir uma carreira na música. Por exemplo, das 9 milhões de pessoas que distribuíram músicas para o Spotify, 5,6 milhões delas lançaram menos de 10 faixas até hoje. Muitos desses artistas provavelmente estão no começo da jornada, consideram isso como um hobby ou não estão usando o streaming como parte da estratégia de carreira.

Estimamos que existam cerca de 200 mil artistas profissionais e aspirantes no mundo todo. Os dados do Spotify mostram isso: 213 mil artistas já lançaram pelo menos 10 músicas até hoje (ou seja, têm um portfólio para gerar receita) e contam com pelo menos 10 mil ouvintes mensais em média (conseguiram conquistar um público). Também notamos essa tendência analisando nossas integrações com o Songkick, Ticketmaster e vários outros parceiros de ingressos de shows presenciais e virtuais: 189 mil artistas anunciaram algum evento virtual, show presencial ou apresentação em 2022, o que demonstra atividades comerciais fora do streaming.

Esses dados sugerem entre 189 mil e 213 mil artistas. No entanto, devido à margem de erro na nossa metodologia, consideramos a quantidade de 200 mil como uma estimativa razoável. Mas é claro, reconhecemos que é difícil supor as intenções profissionais dos artistas apenas por dados.

Com base nessa estimativa, é possível calcular que mais de um quarto (29%) dos artistas profissionais ou aspirantes geraram US$ 10 mil em 2022 só no Spotify e, provavelmente, US$ 40 mil com todas as outras fontes de receita.

Ouvi falar que o Spotify paga uma fração de centavo por streaming. Isso é verdade?

Na era do streaming, os fãs não pagam pela música. Por isso, acreditamos que uma taxa “por streaming” não oferece valores significativos para analisarmos. Assim como qualquer outro grande serviço de streaming, o Spotify paga royalties com base na participação de um artista nos streamings gerais da plataforma. Isso é o que chamamos de “cota por streamings”.  

O foco do Spotify está em maximizar o número total de pagamentos que podemos fazer a detentores de direitos, ou seja, aqueles que pagam os artistas e compositores. Acreditamos que os dados neste site demonstram nosso progresso. Nossos valores pagos são muito maiores do que qualquer outro serviço de streaming. Na verdade, o Spotify atingiu em 2021 o recorde de maior pagamento anual da história feito por uma empresa de varejo à indústria da música.

E nossos incentivos estão alinhados aos artistas: quanto mais receita geramos, mais pagamentos eles recebem. Assim como nos maiores serviços de streaming, cerca de 70% de cada dólar volta para os detentores de direitos dos artistas e compositores.

Ainda assim, entendemos que é útil para os artistas calcular uma taxa “por streaming” efetiva, dividindo o tamanho total do fundo de royalties do Spotify pelo número total de streamings de músicas na plataforma. Falamos mais sobre isso na pergunta “Por que o valor por streaming parece ser mais baixo no Spotify que em outros serviços?” nesta página.

Nosso modelo gera mais engajamento dos fãs e receita de mais lugares. Isso significa mais pagamentos do Spotify para os detentores de direitos. É por isso que pagamos mais do que qualquer outro serviço. Fazemos algumas escolhas que reduzem a “taxa por streaming”, mas acreditamos que assim maximizamos a receita total, gerando o máximo de dinheiro possível para os detentores de direitos e seus respectivos artistas e compositores.

Se um artista tem milhões de streamings, por que ele não ganha mais?

O Spotify está no mercado há mais de 15 anos. Hoje, temos mais de 500 milhões de ouvintes e mais streamings mensais do que nunca, o que significa que a atividade na plataforma está crescendo exponencialmente. 

E os pagamentos dos serviços de streaming são baseados em uma cota por streamings, e não em uma taxa por streaming.

O Spotify faz pagamentos aos detentores de direitos todo mês. No entanto, nosso app mostra os streamings totais em vez de quantas vezes uma música foi tocada em um determinado ano ou mês. É por isso que esses números de streamings totais não estão correlacionados ao pagamento mensal que um artista recebe dos detentores de direitos. 

Graças à popularidade do streaming e ao aumento do engajamento por usuário, o significado de “1 milhão de streamings” mudou ao longo dos anos: muitas faixas estão atingindo essa marca, e com mais frequência do que você imagina. Na verdade, 913 mil músicas já ultrapassaram 1 milhão de streamings e 281 mil chegaram a esse número só em 2022. Cerca de 350 músicas atingiram 1 bilhão de streamings nesse mesmo ano. Para ter uma noção melhor do ecossistema do Spotify, você pode brincar com a ferramenta interativa do site, que reflete os dados até dezembro de 2022.

Como o número de artistas que fazem a própria distribuição e geraram mais de US$ 10.000 no Spotify mudou ao longo dos anos?

Os metadados disponíveis no Spotify usados para calcular esses números específicos são diferentes entre 2021 e 2022, então não é uma comparação direta. Isso acontece porque o Spotify nem sempre recebe metadados completos dos licenciadores explicando se um artista usa uma distribuidora ou não. Por isso, só incluímos artistas que nos forneceram esses dados. E quando uma distribuidora é comprada ou faz mudanças operacionais, o Spotify pode perder o acesso aos artistas que fazem distribuição por essa empresa. 

Com base nas distribuidoras atuais que fornecem metadados completos ao Spotify, o número de artistas que fazem a distribuição por conta própria e geraram mais de US$ 10.000 só no Spotify cresceu de 2021 a 2022. Em 2022, mais de 14.700 artistas geraram mais de US$ 10.000 no Spotify (um crescimento de 200% em relação a 2017).

Por que o valor por streaming parece ser mais baixo no Spotify que em outros serviços desse tipo?

Na era do streaming, os ouvintes não pagam por cada música, e os grandes serviços não pagam por streaming. Por isso, não acreditamos que uma “taxa por streaming” seja interessante. Ainda assim, entendemos que é útil para os artistas poder calcular uma “taxa por streaming” efetiva ou, em outras palavras, uma proporção de receita por streamings, dividindo o tamanho total do fundo de royalties do Spotify (o numerador) pelo número total de streamings de músicas (o denominador). Esses dois números vêm crescendo muito rápido a cada ano.

Existem vários fatores que contribuem para que essa taxa pareça pequena, e entendemos que isso parece problemático. Mas nós não vemos dessa forma e acreditamos que nosso modelo maximiza a receita para todos.

Existem 3 decisões empresariais que nós tomamos para maximizar as receitas dos detentores de direitos. Mesmo que essas decisões diminuam a taxa efetiva por streaming no Spotify, acreditamos que os artistas prefiram pagamentos maiores em vez dela.

Muitos streamings por ouvinte: em média, os assinantes do Spotify ouvem mais música por mês que em outros serviços. Isso significa mais pessoas descobrindo mais artistas, mais oportunidades de aprofundar o engajamento com os ouvintes e mais chances de conquistar novos fãs, que compram ingressos para shows e merchandise. Esse engajamento, assim como os milhões de novos assinantes do Spotify a cada mês, afeta o denominador da taxa de receita por streamings. 

Maior público global: o Spotify é mais famoso em países onde os preços são mais baixos, o que faz com que nossa taxa de receita por streamings pareça menor em comparação com serviços não focados nesses mercados. Oferecer um preço acessível aos ouvintes é a melhor forma de gerar receita nesses lugares, que não teriam sido conquistados se o valor da assinatura fosse mais caro. Crescer nesses territórios aumenta a receita total da indústria e dos artistas, além do fundo de royalties para os detentores de direitos. Isso afeta o numerador da taxa.  

Plano com anúncios: ao contrário de muitos dos nossos concorrentes, o Spotify oferece um serviço de assinatura Premium e um plano gratuito com anúncios. Por isso, não é justo comparar a taxa de receita por streamings do Spotify com os concorrentes que oferecem apenas assinaturas pagas. O serviço com anúncios não gera tanta receita por usuário quanto o plano Premium, mas fizemos vários testes que mostram um resultado consistente: quando eliminamos o serviço gratuito, os ouvintes recorrem a alternativas que não geram receita, ou seja, a indústria musical como um todo estaria perdendo lucros. O relatório de 2023 da IFPI descobriu que a receita com streaming financiado por anúncios aumentou 14% (chegando a US$ 4,9 bilhões) em 2022 em todo o setor, um valor que superou os lucros gerados com a venda de formatos físicos. Isso também impacta o numerador do cálculo. Vale notar que a oferta de um serviço com anúncios também é uma das estratégias mais eficazes para levar os ouvintes a comprar uma assinatura paga: praticamente 60% das pessoas que assinam pela primeira vez começam no Spotify Free e depois fazem upgrade. Isso mostra, mais uma vez, como estamos maximizando a receita para todos. 

Como os artistas e compositores recebem o pagamento?

O Spotify não faz pagamentos diretamente para os artistas e compositores. 

O Spotify gera dinheiro com música de duas maneiras: com os assinantes do Spotify Premium e com os anunciantes do Spotify Free. Cerca de 70% desse dinheiro vai para os detentores dos direitos das músicas pelo que chamamos de “fundo de royalties”.

O Spotify distribui esses royalties de acordo com a cota por streamings de cada detentor de direitos na plataforma. Esse dinheiro não é dividido com base em um valor fixo por streaming, porque os assinantes do Premium não pagam por streaming, e sim para ter acesso ao plano. 

Para entender melhor, assista ao vídeo “Como o dinheiro flui”.

Por que o Spotify não cobra mais dos ouvintes?

O Spotify convenceu as pessoas a pagarem um valor fixo mensal para ouvir música, evitando que elas recorram à pirataria. O custo de uma assinatura tem um impacto no orçamento de muitos. Precisamos ter cuidado ao subir preços, porque não queremos que as pessoas voltem a consumir pirataria ou soluções não monetizadas. Na verdade, um adulto comum atualmente gasta quase o dobro com música em comparação com o auge da era do CD em 1999, e hoje, milhões de pessoas a mais fazem esse investimento. 

Dito isso, estamos sempre avaliando nossos preços em cada mercado e reajustamos os valores em alguns deles. Como o Spotify e os detentores de direitos dos artistas levam uma parte do mesmo montante, nossos objetivos estão totalmente alinhados: todos queremos gerar o máximo de receita possível dos ouvintes e dos anunciantes.

Ao longo dos anos, aumentamos o preço da assinatura em diferentes mercados pelo mundo e continuaremos fazendo isso sempre que fizer sentido, com base em diversos fatores locais e regionais.

A receita dos artistas não deveria ser muito maior do que os números que vocês estão apresentando?

Nossa prioridade é aumentar o valor total que o Spotify paga aos detentores de direitos dos artistas e compositores. Por isso, os dados neste site refletem apenas uma fonte de receita: royalties do Spotify. Esperamos que as taxas de crescimento que mostramos aqui se mantenham. Por exemplo, o número de artistas que geraram mais de US$ 100 mil por ano cresceu mais de 135% de 2017 a 2022. Isso que dizer que o número de artistas que alcançou cada nível de receita no Spotify (como US$ 10 mil, US$ 100 mil, US$ 1 milhão) mais que dobrou nos últimos cinco anos. 

Vale lembrar que o Spotify é apenas um dos muitos serviços de streaming de música do mercado, representando mais de 20% de toda a receita global. Isso significa que você pode multiplicar por 4 os lucros mostrados no Loud & Clear para fazer uma estimativa de quanto cada artista pode gerar com todas as fontes de receita.

Os números neste site também não incluem a receita gerada com turnês, merchandise e outras fontes. Além disso, o Spotify pode ter um efeito multiplicador: as bases de fãs construídas na nossa plataforma podem gerar renda para artistas e suas equipes dessas outras formas.

Vocês dizem que basta multiplicar por quatro os royalties de um artista no Spotify para fazer uma estimativa da receita total de música. Isso é verdade mesmo?

A maioria dos dados mostrados no Loud & Clear é voltada apenas à receita gerada pelos artistas só no Spotify. Para ter uma ideia mais geral de quanto um artista pode ter gerado com todas as fontes de receita, temos 3 caminhos:

Streaming (3x): o Spotify representa um terço da receita global gerada por todos os serviços de streaming. A proporção de receita de um artista pode variar de acordo com o gênero musical, o público e as estratégias de marketing desse indivíduo. No entanto, basta multiplicar por 3 os royalties do Spotify para fazer uma estimativa de quanto um artista pode ter gerado com todos os serviços de streaming. Portanto, com uma receita de US$ 100 mil no Spotify, um artista pode ter gerado US$ 300 mil em streamings gerais.

Receita de gravações (4x): com base nos dados da IFPI, o Spotify é responsável por mais de 20% da receita global de gravações musicais. A receita com gravações musicais é todo o dinheiro gerado pelo próprio mercado fonográfico, incluindo streaming, vendas físicas (CD e vinil), licenças de sincronização, direitos autorais de execução pública e downloads digitais. Novamente, a proporção de receita do Spotify para um artista pode variar. No entanto, em média, basta multiplicar por 4 os royalties do Spotify para fazer uma estimativa de quanto um artista pode ter gerado com todas as fontes de receita global com gravações musicais. Portanto, com um valor de US$ 100 mil no Spotify, um artista pode ter gerado US$ 400 mil de receita total em gravações.

Receita total: os números deste site também não incluem os fluxos de receita não relacionada a gravações musicais, como shows, merchandise, patrocínios de marca e muito mais. Esses fluxos complementam a receita com gravações musicais e podem variar de tamanho.

Como a volatilidade monetária global influenciou os dados sobre royalties em 2022?

2022 foi um ano com variações históricas e imprevisíveis nas taxas de câmbio. O dólar americano (USD) teve uma valorização não vista há décadas em relação às moedas mais fortes do mundo, chegando a 12% segundo o principal índice do dólar americano.

A comunidade de artistas do Spotify é mundial e gera royalties em dezenas de moedas. Dos assinantes do Spotify, 72% moram fora dos EUA e do Canadá, e 35% dos artistas que geraram pelo menos US$ 10 mil em 2022 na plataforma vivem em países que não estão entre os 10 principais mercados da música. 

Por questões de consistência, todos os dados sobre royalties neste site estão em dólar americano, ou seja, todos os valores de receitas locais são convertidos. Por isso, a taxa de crescimento entre 2021 e 2022 pode parecer menor do que nos anos anteriores (por causa de grandes mudanças nas conversões monetárias, e não no crescimento da indústria). A base de assinantes do Spotify Premium cresceu 14% ano a ano, chegando a 205 milhões de pessoas. Além disso, o número total de usuários mensais ativos cresceu 20% ano a ano, chegando a 489 milhões.

Confira este exemplo para entender melhor o impacto da volatilidade monetária nos dados divulgados:

  • O número de artistas que geram US$ 1 milhão aumentou de 1.040 em 2021 para 1.060 em 2022 (crescimento de 2%). 
  • O número de artistas que geram € 1 milhão aumentou de 800 em 2021 para 1.000 em 2022 (crescimento de 13%).

Como o Spotify pretende cumprir essa missão?

Primeiro, o streaming já é a principal fonte de receita da indústria fonográfica. Nossa intenção é continuar fazendo o streaming crescer ainda mais ao aprimorar nosso serviço, expandir para novos mercados e atrair mais ouvintes e anunciantes. Em 2022, só a receita com streaming (em todos os serviços) foi maior do que os lucros da indústria inteira com todos os formatos de música gravada considerando cada ano entre 2007 e 2017. Nossos incentivos estão alinhados: ganhamos dinheiro quando a indústria musical ganha dinheiro. E nossa receita vem crescendo rapidamente: em 2022, o Spotify foi responsável por mais de 20% de toda receita gerada por gravações musicais, um salto em relação a menos de 15% em 2017. 

Segundo, investimos uma parte significativa da receita que o Spotify arrecada na criação de ferramentas, recursos e oportunidades para artistas, compositores e toda a indústria da música. Isso inclui investimentos em personalização, playlists e apoio editorial e de marketing, dentro e fora da plataforma. Nosso objetivo é ajudar o setor a aproveitar todo o potencial do Spotify, incentivar descobertas e aumentar as bases de fãs. Assim, a indústria ganha mais não só com o Spotify, mas também com a venda de merchandise, licenças de sincronização, ingressos etc.

Como é calculada a cota por número de streamings?

Calculamos a cota por streamings mensalmente em cada país onde operamos somando o número de vezes que as músicas de um detentor de direitos específico foi ouvida e dividindo o resultado pelo número total de streamings nesse mercado.

Por exemplo, se um artista no Spotify teve 1 em cada 1.000 streamings no México, o detentor de direitos ou a distribuidora receberá um dólar de cada US$ 1.000 pago do fundo de royalties mexicano. O valor total do fundo de royalties de cada país é baseado na receita obtida com assinaturas e anúncios em cada mercado.

Um modelo centrado no usuário não seria mais justo?

Até o momento, estamos considerando uma pesquisa que sugere que a adoção do modelo de pagamentos centrado no usuário não beneficiaria os artistas como muitos acreditavam. Um estudo do National Music Centre (CNM) demonstrou que a mudança resultaria em “no máximo alguns euros por ano em média” para artistas fora do top 10 mil. Confira essa pesquisa aqui e um bom resumo dela aqui

Estamos dispostos a mudar para o modelo centrado no usuário se essa for a vontade dos artistas, compositores e detentores de direitos. No entanto, o Spotify não pode tomar essa decisão sozinho. É preciso que se chegue a um consenso na indústria.

Tenho lido sobre artistas e compositores que estão vendendo seus catálogos para empresas de investimento. Por que isso está acontecendo?

O valor dos catálogos de músicas nunca foi tão alto como é hoje. Devido ao streaming, a música agora tem um enorme potencial de gerar lucros além do lançamento ou venda inicial. Isso significa a geração de boas receitas anuais até mesmo para artistas e compositores que estão há uma ou duas décadas sem lançar material novo e ainda têm uma grande base de fãs. Por exemplo, destacamos neste site os artistas consagrados: aqueles com uma média de mais de 500 mil ouvintes mensais e que geram 80% dos próprios streamings com músicas lançadas há mais de cinco anos. Em média, esse grupo de 3.400 artistas gerou US$ 433 mil no Spotify só em 2022 (e provavelmente bem mais do que US$ 1 milhão com todos os serviços de streaming). 

Os valores cada vez maiores dos catálogos de artistas e compositores são outro sinal importante de otimismo para o futuro do mercado da música.

Como o Spotify calcula os pagamentos neste site? Por que não focar no valor que os artistas recebem de fato?

Adoraríamos informar quanto dinheiro cada artista e compositor recebe pelo seu desempenho no Spotify, mas não temos acesso aos acordos que eles firmaram com seus detentores de direitos. Só podemos revelar os dados disponíveis para nós, ou seja, a quantia que o Spotify pagou. 

Por isso, os dados neste site refletem os royalties de gravação e composição que o Spotify paga aos detentores de direitos. Relatamos quanto pagamos aos detentores de direitos de cada artista no Spotify pelo catálogo completo deles em cada ano.

O Spotify não paga os artistas diretamente, e sim os detentores de direitos que eles escolhem, seja uma gravadora grande ou independente, um agregador, uma distribuidora etc. Assista ao vídeo “Como o dinheiro flui” aqui.

Qual foi a metodologia usada no infográfico sobre as receitas de produtores, compositores e organizações de gestão coletiva de direitos autorais (CMOs, na sigla em inglês)?

O economista Will Page usou os dados públicos do Global Music Report 2020 da IFPI para analisar os detalhes dos pagamentos feitos a compositores, produtores e CMOs pelas receitas geradas com consumidores que compram CDs e downloads, ouvem anúncios ou assinam serviços de streaming. A metodologia incluiu fatores como diferenças regionais no licenciamento e tendências nos termos de negociação entre os detentores e usuários dos direitos.

Como faço para aumentar meu público e ter sucesso no Spotify?

Queremos que o Spotify seja o melhor lugar para que os artistas e suas equipes aumentem a base de fãs em qualquer fase das suas carreiras. Por isso, estamos criando novas ferramentas para os mais de 1 milhão de artistas que usam o Spotify for Artists todos os meses. Se quiser conhecer os recursos do Spotify for Artists, clique aqui. Não deixe de conferir estes e outros recursos para conquistar novos fãs: Escolha do artista, Canvas, Merchandise, Cartões promocionais, Marquee, Discovery Mode, apresentação para inclusão em playlists, Songwriter Pages, Made to Be Found, Noteable, Área de foco, Fan Study e muito mais.

Se estiver em busca de dicas, dê uma olhada nas práticas recomendadas para divulgação e engajamento e no guia sobre como se preparar para seu lançamento

O Spotify está investindo milhões em podcasts. Por que esse dinheiro não está sendo direcionado para a indústria da música?

Nossos investimentos em podcasts exclusivos e originais trouxeram milhões de novos ouvintes que também consomem música no Spotify, aumentando o fundo de royalties para os músicos. O valor de todas as assinaturas pagas vai para esse fundo, já que os podcasters geralmente ganham dinheiro vendendo anúncios nos próprios programas. 

Além disso, acreditamos que o formato de música com bate-papo traz bons resultados para músicos e podcasters, já que ele foi utilizado por anos e anos nas rádios AM/FM. Estamos experimentando novas maneiras de mesclar conversas e músicas que gerem royalties, abrindo novas possibilidades para os ouvintes interagirem com as faixas que eles descobrem nos podcasts.

Quanto dinheiro fica para o Spotify?

A cota do Spotify é de aproximadamente um terço da receita gerada com assinaturas pagas e anúncios do serviço grátis. 

Isso não é novidade. Revendedores sempre cobraram uma comissão pelos seus serviços, que costumava ser ainda maior. Por exemplo, perto do auge da era do CD, a loja ficava com 35% a 40% do valor de cada CD ou cassete vendido.

Nós priorizamos o crescimento em vez do lucro e, por isso, investimos nossa cota na criação de ferramentas e serviços para artistas. Assim, mantemos um produto de qualidade para os ouvintes e atraímos mais usuários para aumentar a receita. Os investimentos incluem desde armazenamento em nuvem e taxas de cartão de crédito até atualizações de produtos, novas tecnologias e elaboração de playlists. Com esse dinheiro, também desenvolvemos novas maneiras para os fãs interagirem com sua música e criamos ferramentas e recursos para orientar você durante o processo.

Como posso contextualizar os números de streaming no meu mercado de origem?

A seção Números de streaming contextualizados deste site mostra valores globais para simplificar as informações. Mas, se você quiser ter uma boa ideia da contagem de streamings da sua localidade, confira as Paradas do Spotify locais. Você verá que a quantidade de streamings necessária para entrar nas paradas pode variar bastante em diferentes territórios mundialmente. Por exemplo, na Malásia e na Bulgária, esse número pode ser bem diferente da Austrália e do México. Além disso, no Spotify for Artists, os artistas podem ver os dados de localização geográfica dos ouvintes deles (por cidade e país) na guia “Público” dos painéis.